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                   Foto  http://www.datos-bo.com 
                    
                  JUAN CONITZER 
                  (1949 – 2009 ) 
                    
                  Nació em La Paz, Bolivia. 
                    
                  Juan Conitzer estudió Filosofía y  Letras y Artes Plásticas en la Universidad Mayor de San Andrés y Arte en la Escuela  de Bellas Artes Hernando Siles en La Paz, Bolivia. 
                    
                  TEXTO  EN ESPAÑOL  -  TEXTO EM PORTUGUÊS 
                    
                    
                  POEMA  EN    ONCE CANTOS  
                    
                  I 
                  Imperativo  para Dios de siete amaneceres exigiéndose: 
                  el  Primer Día de la nada. .. algo: Segundo Día... Nada; Tercero: Nada; 
                  Cuarto  amanecer de amaneceres...; 
                  Quinto  Día de la Creación 
                  (los  ojos de ese gato que te mira) ; 
                  el  Sexto Día 
                  al  hombre. 
                  A  mi mismo. 
                  A  tí mismo... 
                  El  Séptimo Día 
                  de  un brochazo nos destruye: 
                  Con  esto he consumado la Creación. 
                    
                  II 
                  Previno  el ruego, 
                  de  no he y lastimero 
                  nostalgia  de haber sido 
                  y  la espátula —imperfecta pluma— 
                  nos  devolvió imperfectos a la tierra 
                  con  recuerdo de enmiendas y borrados. 
                    
                  III 
                  Después  vino mi madre 
                    con su capa de barro 
                    sobre los senos, trayendo greda para hacerme a mí jovial y desnudo. 
                    
                  IV 
                  Mi  hermano hecho de heno  
                    se recubrió de mármol 
                    prendió fuego a la choza  
                    y pisoteó los campos. 
                    
                  Llegó  el primer granizo 
                  a  matar ciruelos 
                  v  llegó la helada... 
                  Lo  sacrificamos. 
                    
                  Y 
                  Mi  amada: la tierra 
                  se  me hizo presente 
                  en  la verde laguna 
                  rodeada  de pasto. 
                  Cayó  la semilla, 
                  se  engendró mi árbol. 
                  Abracé  a ese hijo que lo hicimos juntos, 
                  de  savia alargada y cari.ias diarias. 
                  Me  entregó a mis nietas: las frutas maduras. 
                    
                  VI 
                  Mientras  luchando abríamos los surcos 
                  no  pensamos en nuestro desgarrado tronco. 
                  Sólo  después, echado en la hierba, 
                  pensé  que vivía y sentía nostalgia 
                  de  algo. .. del más temprano... 
                    
                  VII 
                  Hicimos  el calendario  
                    (sin consultar los astros)  
                    y aramos a mi madre hasta hacerla ciudad. 
                    ¿Vale avanzar si destruimos tanto? 
                    
                  
                      
                 
                  TEXTO  EM PORTUGUÊS 
                     
                    Tradução:  Antonio Miranda 
                  
                            POEMA  EM ONZE CANTOS 
                      I 
                      Imperativo  para Deus de sete amanheceres 
                      exigindo:  
                      o  Primeiro Dia... de nada... algo; 
                      Segundo  Dia : Nada; 
                      Terceiro:  Nada; 
                      Quarto  Dia da Criação 
                      (os  olhos desse gato que se mira); 
                      o  Sexto Dia 
                      ao  homem. 
                      A  mim mesmo, 
                      A  ti mesmo... 
                      O  Sétimo Dia 
                      de  uma brochada nos destrói: 
                      Com  isso eu completo a Criação. 
                     
                      II 
                      Advirto  o rogo, 
                      de  não hei e deplorável 
                      nostalgia  de não ter sido 
                      e a espátula — imperfeita pluma — 
                      não  devolvei imperfeitos à terra 
                      com  lembranças de emendas e apontamentos. 
                     
                      III 
                      Depois  veio a minha mãe 
                      com  sua capa de barro 
                      sobre  os seios, 
                      trazendo  argila para tornar-me 
                      jovial  e despido. 
                     
                      IV 
                      Meu  irmão feito de feno 
                      cobriu-se  de mármore 
                      acendeu  fogo na choça 
                      e  pisoteou os campos. 
                      Chegou  o primeiro granizo  
                      a  matar ameixeiras 
                      e  chegou a geada... 
                      Nós  as sacrificamos. 
                     
                      V 
                      Minha  amada: a terra 
                      tornou-se  presença 
                      na  verde lagoa 
                      rodeada  de pasto. 
                      Caiu  a semente, 
                      desenvolveu  minha árvore. 
                      Abracei  este filho que junto geramos. 
                      de  seiva ampliada e carícias diárias. 
                      Entregou  às minhas netas: 
                      as frutas maduras. 
                     
                      VI 
                      Enquanto  lutando abríamos os sulcos 
                      não pensamos em nosso desgarrado  tronco. 
                      Só depois, estendido no gramado, 
                      pensei que vivia e sentia  nostalgia 
                      de algo... do mais cedo. 
                     
                      VII 
                      Fizemos  o calendário 
                      (sem consultar os astros) 
                      e aramos minha mãe até torna-la  uma cidade. 
                      Adianta  avançar se destruímos tanto ? 
                     
                      VIII 
                      Agora  nascem muitos irmãos de feno 
                      —  todos os dias — 
                      não  os sacrificamos. 
                      Acabaram-se  os rubros... 
                      Apenas  lágrimas.... 
                     
                      IX 
                      Até  a mim chega o cativeiro 
                      de  uma dança com degraus de morte. 
                      Quantas  hora de noite para chegar à aurora ? 
                      Quantos  ruídos as vozes se tornam ? 
                      Quanta  ciência para fazer-me chorar ? 
                     
                      X 
                      Vi  outra vez a sorte 
                      como  reflexo do passado. 
                      Espelhismo  de amaor ? 
                     
                      XI 
                      Muitas  ilusões para uma única tarde! 
                      Minha  memória pode mais. 
                      Lembro-me  do Sétimo Dia 
                      e  assim e tudo, 
                      agradeço  a súplica e o perdão e a vida. 
                      
                   
                  Página publicada em março de 2019 
                     
                     
                     
                     
                   
                    
                    
                    
                   
                
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